segunda-feira, 31 de outubro de 2011

OCDE prevê emprego baixo e PIB lento nos países ricos

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê dois anos de crescimento fraco e desemprego em alta nos países desenvolvidos. A entidade estima que essa projeção pode se deteriorar se a zona do euro não conseguir conter a crise da dívida soberana.

Em um breve relatório publicado três dias antes da reunião do G-20 (grupo dos 20 países com as maiores economias do mundo) na França, a OCDE afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir a taxa de juros na zona do euro para restaurar o crescimento no bloco, e recomendou outros bancos centrais a manter as taxas inalteradas e fornecer liquidez para o sistema financeiro, para aliviar as tensões nos mercados.

De acordo com a projeção da OCDE, a economia dos Estados Unidos crescerá 1,8% em 2012, e ganhará velocidade em 2013, com uma expansão de 2,5%. Já o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro deve registrar expansão de 0,3% no ano que vem e 1,5% em 2013. A relação entre dívida e PIB nos países desenvolvidos continuará alta, atingindo 108,7% nos EUA em 2013, e 227,6% na zona do euro.

A OCDE elogiou o plano da União Europeia anunciado na semana passada, mas alertou contra atrasos na implementação e cobrou que o bloco dê mais detalhes aos investidores, assim que possível. "Para resolver a crise da zona do euro é importante clarear e implementar integralmente as medidas anunciadas em 26 de outubro, para romper o elo entre dívida soberana e tensões no setor bancário, para lidar com a Grécia, para garantir que a crise da dívida soberana não se espalhe para outros países europeus e para garantir uma capitalização adequada e financiamentos para os bancos". As informações são da Dow Jones.

Líbia: "Não há garantia de democracia"


A morte do ditador que governou a Líbia por mais de 42 anos, Muammar Kadhafi, abriu um cenário político sem precedentes em um país pouco familiarizado com a democracia.  

O fim da ditadura, entretanto, não significa necessariamente o nascimento de um governo democrático. O CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio, formado pelos rebeldes que lutaram pela queda de Kadhafi, tomou o poder no país, cujo futuro ainda é incerto.

Para o cientista político Aldo Fornazieri, diretor Acadêmico da FESPSP ( Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), o país ainda enfrenta alguns desafios que o distanciam da democracia. 

“Acho que a Líbia tem dois grandes problemas. Primeiro, ela tem muitos grupos armados e uma fragmentação tribal. Além disso, ela é ainda muito débil em organizações da sociedade civil”, explica.

Para começar a enfrentar esses problemas, Fornazieri estima que o país necessite de uma força militar. “Para que as coisas se estabilizem é preciso construir uma força militar nacional, um exército com capacidade de desarmar os outros grupos, de construir um atrito”. 

Dentro do próprio CNT há uma influência cada vez maior de grupos islâmicos. O líder da organização, Mustafa Abdel Jalil, afirmou que a nova constituição será baseada na lei islâmica e o novo primeiro-ministro, o  acadêmico Abdel Rahim al-Kib, garantiu que os direitos humanos serão respeitados. "Nos comprometemos a construir uma Nação que respeite os direitos humanos e que não aceite suas violações, mas precisamos de tempo para isto".

Ainda assim, é difícil prever o que vem pela frente. “Eu acho que, na verdade, não há garantia de democracia nem certeza de nova ditadura. O futuro da Líbia é uma grande incógnita”, opina Fornazieri. 

Síria não dá resposta ao plano da Liga Árabe para parar repressão


Fonte ; AFP
O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al Mualem, partiu nesta segunda-feira (31) do Qatar sem dar uma resposta ao plano da Liga Árabe para tentar deter a violência na Síria, onde a Otan descarta intervir militarmente.
O plano árabe prevê o "cessar imediato" da violência e a "retirada dos tanques" para "transmitir uma mensagem tranquilizadora às ruas da Síria", explicou o chefe da organização, Nabil al Arabi.
Mas as forças de segurança continuaram com sua repressão sangrenta, matando ao menos sete civis e um desertor do exército.
O plano árabe também estipula "o início no Cairo de um diálogo nacional entre todos os componentes da oposição e do regime", esclareceu Arabi, que partiu do Qatar à tarde, segundo um membro de sua delegação.
A delegação síria também deixou Doha "sem dar uma reposta" ao plano árabe, segundo a emissora de televisão via satélite Al Jazeera, sediada no Qatar.
Em declaração publicada "Daily Telegraph", Assad, confrontado há mais de sete meses por uma revolta, questionou a representatividade do Conselho Nacional Sírio, que reúne boa parte da oposição.
"Não vou perder meu tempo falando com eles. Não os conheço, mais vale investigar para saber se representam realmente os sírios", disse.
No domingo, já havia advertido que uma intervenção ocidental em seu país provocaria um "terremoto" no Oriente Médio.
O chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta segunda-feira que uma intervenção militar da Aliança no país estava "completamente descartada".
"Não temos nenhuma intenção de intervir na Síria", afirmou no avião que o transportava à Líbia, apesar de ter condenado "firmemente" a repressão contra os civis.
Nesta segunda-feira morreram sete civis, um dia depois da morte de outros tantos na dispersão de manifestações que pediam à Liga Árabe a suspensão da adesão da Síria.
Cinco morreram ao serem atingidos por tiros em Homs (centro), um dos focos da contestação popular, um em Harasta, perto de Damasco, e outro na província de Hama (norte), além de um soldado desertor, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede no Reino Unido.
Dezenas de estudantes marcharam na universidade de Qalamun, na província de Damasco, para pedir a renúncia do presidente sírio, e na de Deraa (sul), onde as forças de segurança dispararam e realizaram prisões, segundo a mesma fonte.
O regime sírio, que atribui a violência a "grupos terroristas", reprime os protestos sem dar trégua. Mais de 3.000 pessoas morreram desde 15 de março, segundo a ONU.
A insurreição popular transforma-se em conflito armado com a multiplicação de confrontos entre soldados, membros das forças de segurança e desertores, que deixaram dezenas de mortos nos últimos dias.
Entretanto, em Damasco, um comitê nacional começou a "elaborar um projeto de nova Constituição para a Síria", segundo a agência oficial Sana.
A elaboração de uma nova Constituição era uma das principais reivindicações da oposição no início da revolta em 15 de março, mas agora exige a renúncia de Assad.

Unesco sobreviverá a corte de ajuda dos EUA, diz embaixadora brasileira

BBC

A Unesco, que aprovou nesta segunda-feira (31) a adesão da Palestina como membro pleno da organização, 'terá de conviver' com o corte da ajuda anual americana à agência da ONU, afirma a embaixadora do Brasil na Unesco, Maria Laura da Rocha.
Contrários à entrada dos palestinos na Unesco, os Estados Unidos anunciaram a suspensão de um pagamento de US$ 60 milhões que seria feito à organização em novembro.
'Se não houver jeito e a verba não vier, vamos continuar trabalhando mesmo em situações mais difíceis', disse à BBC Brasil a embaixadora brasileira, que votou a favor da adesão da Palestina.
Ela diz, no entanto, que existe 'apreensão' na Unesco em relação ao corte dos fundos americanos, já que o país é muito importante e ativo na organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, com sede em Paris.
A ajuda anual dos Estados Unidos à Unesco, de cerca de US$ 70 bilhões, representa 22% do orçamento da organização.
'Nós vamos ter de trabalhar para preservar os recursos financeiros da Unesco', declarou nesta segunda-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
França e Alemanha
A Unesco foi a primeira agência da ONU a reconhecer o Estado Palestino, que se tornou o 195° membro da entidade.
A resolução foi aprovada por 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções.
Brasil, China, Rússia, Índia e a França (que havia expressado reservas em relação à iniciativa) estão entre os países que votaram a favor.
Estados Unidos, Alemanha e Canadá se opuseram ao ingresso da Palestina como membro pleno. A Itália e a Grã-Bretanha se abstiveram.
Os Estados Unidos declararam que a adesão da Palestina é 'prematura e contraproducente'.
'Essa ação realizada hoje complica nossa capacidade de apoiar os programas da Unesco', afirmou o embaixador americano na organização, David Killion.
Duas leis americanas, do início dos anos 1990, proíbem que o governo desembolse recursos em organizações da ONU que reconhecerem entidades não reconhecidas internacionalmente e que tenham em seus quadros de funcionários membros da Organização para a Liberação da Palestina (OLP).
Cooperação
A diplomacia brasileira argumenta que a Unesco já estava vinculada à Autoridade Nacional Palestina (ANP), que tinha o estatuto de membro observador na organização, e que não há ligação com a OLP.
'Entre os países membros da Unesco, 107, a grande maioria, já reconhece a Palestina como Estado membro', diz a embaixadora, sugerindo que não há um problema de falta de reconhecimento internacional.
O Brasil só reconheceu oficialmente o Estado Palestino em dezembro do ano passado.
A contribuição anual do Brasil à Unesco é da ordem de US$ 5 milhões, mas o país realiza atividades de cooperação extraorçamentárias, que em 2010 atingiram US$ 70 milhões, segundo Rocha.
Para a embaixadora, a aprovação pela Unesco da entrada da Palestina 'é algo natural', em razão desse amplo reconhecimento internacional, e também porque esse pedido já fazia parte da agenda da organização desde 1989.
Ela espera que esse problema em relação à legislação 'possa ser contornado' pelos americanos e que isso não significa a saída do país da organização.
Rocha lembra que a Unesco continuou desempenhando suas atividades durante o período em que os americanos se retiraram da organização.
Boicote
Não é a primeira vez que os Estados Unidos suspendem a ajuda à Unesco. O país boicotou a instituição durante 18 anos, entre 1985 e 2003, alegando problemas de gestão da agência da ONU.
Rocha diz esperar que a adesão da Palestina à Unesco contribua para melhorar o diálogo entre palestinos e israelenses.
O governo de Israel, que prometeu cortar sua ajuda financeira à Unesco, diz justamente o contrário e afirma que a iniciativa irá prejudicar as negociações de paz.
A vitória diplomática dos palestinos na Unesco poderá abrir caminho para o reconhecimento do Estado pelo Conselho de Segurança da ONU, conforme pedido apresentado em setembro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e que está sendo discutido.

Corretora americana pede falência por perdas com crise europeia


A corretora americana MF Global entrou com pedido de falência na segunda-feira, justificando que teve muitas perdas com títulos da dívida pública europeia graças à crise na zona do euro. As ações da corretora de produtos derivados, que chegou a manejar US$ 41 bilhões em ativos, foram suspensas no NYMex (New York Stock Exchange) na segunda-feira, com a dívida da empresa chegando a US$ 39,7 bilhões.
Segundo o jornal americano "The Wall Street Journal", a companhia passou o fim de semana inteiro tentando encontrar alguma solução para suas perdas, considerando inclusive, vender-se para o grupo Interactive Brokers, transação que não foi concluída com sucesso.
Apesar de a MF Global ser um nome bastante conhecido em Wall Street, o mercado não espera que sua quebra desate uma série de falências, assim como aconteceu quando o banco Lehman Brothers caiu em 2008. Mas a atenção agora se concentra no JPMorgan Chase e as subsidiárias do Deutsche Bank, que são os maiores credores da MF Global. As ações do JPMorgan caíam 3,6% enquanto que as do Deutsche Bank recuavam 8,1% no início deste pregão nos EUA.

Rio Grande deve vacinar 55 mil animais contra febre aftosa


Nesta terça-feira, inicia-se, em todo o Estado, a segunda etapa da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Nesta segunda etapa, que se estenderá até 30 de novembro, serão imunizados os animais de zero a 24 meses de idade. Em Rio Grande, deverão receber a vacina em torno de 55 mil bovinos pertencentes a 1.500 criadores. Desse total, aproximadamente 8 mil animais são de 500 produtores cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que têm, no total, até 50 animais.
Esses criadores cadastrados no Pronaf recebem a vacina da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), devendo solicitar as doses necessárias na Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) do Município. Os demais produtores devem adquirir as doses do medicamento em Casas Agropecuárias e depois levar a nota na Inspetoria Veterinária, junto com a relação dos animais imunizados.
Conforme a chefe da IVZ do Rio Grande, Maria Inês Pereira de Castro, a Inspetoria rio-grandina recebeu da Seapa 3 mil doses da vacina para iniciar a vacinação. Esta quantidade deve ser suficiente para atender a procura nas duas primeiras semanas de campanha, e Maria Inês acredita que, na próxima sexta-feira, já receberá as outras 5 mil doses necessárias. Os criadores que forem buscar a vacina na Inspetoria devem estar munidos de caixa de isopor com gelo para o transporte dos medicamentos até suas propriedades.
Maria Inês alerta os criadores que têm animais de até 24 meses de idade que, para levá-los para a 37ª Exposição Agropastoril, Industrial, Comercial e Cultural (37ª Expofeira) do Rio Grande, que se inicia no próximo dia 9, os bovinos precisam estar vacinados. A médica veterinária também observa que essa etapa de vacinação é muito importante porque os animais jovens, por terem sistema imunológico em formação, precisam de reforço para produzir anticorpos. A primeira etapa da campanha deste ano ocorreu em maio, quando foram imunizados bovinos e bubalinos de todas as idades.
Tendo em vista o registro de um foco de febre aftosa no Paraguai, em localidade distante 130 quilômetros do Mato Grosso, o Rio Grande do Sul está em situação de alerta sanitário desde o final de setembro. O Brasil está sem registro de focos da doença desde 2007. "Criadores têm perguntado quando vamos parar de vacinar contra a febre aftosa. No entanto, este não é o momento oportuno para suspendermos a imunização, uma vez que existe o vírus no continente", ressaltou Maria Inês.

Excesso de gordura na barriga eleva risco de tumor de ovários

O acúmulo de células de gordura, que vai do estômago até os intestinos, pode ser um combustível para espalhar o câncer de ovário. É o que revela uma pesquisa feita pela equipe de médicos da Universidade de Chicago, publicada na revista “Nature Medicine”.

O tumor de ovário é a quinta causa de morte por câncer em mulheres e tende a se espalhar dentro da cavidade abdominal. Em 80% dos casos, quando o câncer de ovário é afinal diagnosticado, a doença já se espalhou para o bloco de células de gordura. Muitas vezes, o crescimento do câncer no bloco de gordura chega a exceder o próprio crescimento do câncer no ovário.

"Este tecido adiposo, que é extraordinariamente rico em energia densa, típica de lipídios, age como uma plataforma de lançamento e fonte de energia para a propagação letal de câncer de ovário", diz o autor do estudo, Ernst Lengyel, PhD e professor de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Chicago. "As células que compõem esta camada de gordura alimentam as células cancerosas, permitindo que elas se multipliquem rapidamente. Ganhar uma melhor compreensão deste processo poderia ajudar-nos a aprender a sabotar o crescimento do tumor".

Os pesquisadores realizaram uma série de experimentos para identificar o papel dessas células de gordura como mediadores principais da metástase de câncer de ovário. O primeiro passo foi entender os sinais biológicos que atraem as células de câncer de ovário para as placas de gordura, de forma a usá-las para um crescimento rápido.

A disseminação das células de câncer de ovário para revestimento de gordura pode acontecer rapidamente. Em experiências de laboratório feitas com ratos, esta disseminação ocorreu em vinte minutos. Os pesquisadores descobriram que proteínas emitem sinais para camada de revestimento de gordura, de modo a atrair as células do tumor. Inibidores de proteínas conseguiram interromper estes sinais e reduzir esta atração entre os dois tipos de células em pelo menos 50%.

Uma vez que as células do câncer de ovário alcançam o revestimento de gordura, elas rapidamente desenvolvem meios de devorar o tecido adiposo, de forma a reprogramar o seu metabolismo e prosperar em lipídios, adquiridos a partir de células de gordura. O câncer de ovário pode rapidamente converter o revestimento de gordura da barriga em massa sólida de células cancerosas.

"Esse mecanismo não pode ser limitado a células de câncer de ovário", observam os autores. — O metabolismo da gordura também pode contribuir para o desenvolvimento do câncer em outros ambientes, nos quais as células de gordura são abundantes, como o câncer de mama.

A proteína conhecida como "proteína de ligação de ácidos graxos" (FABP4), um transportador de gordura, pode ser crucial para este processo e poderia ser alvo para o tratamento. Quando os pesquisadores compararam o tecido ovariano com câncer primário com o tecido ovariano que se espalhou para as camadas de gordura do abdômen, descobriram que as células tumorais, ao lado de células de gordura, produziram altos níveis de FABP4. Células cancerosas distantes das células de gordura não produziam FABP4.

Quando inibida a FABP4, a transferência de nutrientes a partir de células de gordura para as células do câncer foi reduzida drasticamente. A inibição da FABP4 também reduziu o crescimento do tumor e a capacidade dos tumores para gerar novos vasos sanguíneos.

"Portanto, a proteína FABP4 surge como um alvo prefencial para o tratamento de tumores intra-abdominais, com metástase para o tecido adiposo, como é o caso do câncer de ovário, do câncer gástrico e dos vários tipos de cânceres de cólon".

O médico alerta que a redução da camada de gordura no abdômen e a consequente diminuição da barriga são as primeiras providências de quem quer manter baixo o seu risco de contrair câncer de ovário e dos diversos órgãos do aparelho gástrico.

Da Agência O Globo

Exílio de Freixo causa indignação entre defensores dos direitos humanos

Rio de Janeiro, 31 Out 2011 (AFP) -A decisão do deputado Marcelo Freixo de deixar o Brasil após receber ameaças de morte das milícias no Rio de Janeiro suscitou a indignação de defensores dos direitos humanos e mancha a imagem da cidade dois anos antes da Copa de 2014.

Freixo, 44 anos, deputado estadual pelo PSOL e presidente da CPI das Milícias de 2008, foi convidado pela organização de direitos humanos "Anistia Internacional para sair do Brasil e ir à Europa", para um país não divulgado, após uma nova onda de ameaças, declarou nesta segunda-feira à AFP sua porta-voz, Paula Mairan.

Essa comissão parlamentar de 2008 processou 225 pessoas, entre as quais políticos, policiais civis e militares, além de bombeiros.

"Em menos de um mês, o deputado recebeu sete denúncias anunciando que as milícias da região oeste preparavam seu assassinato; por isso, a saída de Freixo do país servirá para garantir sua segurança. Freixo entregou um relatório detalhado" às autoridades com suas denúncias, completou a porta-voz.

Em agosto, a juíza Patrícia Acioli, conhecida por perseguir as milícias, foi assassinada nas imediações de sua casa, em Niterói. A Justiça do Rio emitiu 18 ordens de prisão contra um grupo de milicianos por esse crime.

"É lamentável que um deputado eleito tenha que deixar o país. É muito ruim para o Estado brasileiro, para a democracia e para a imagem do Rio", que será uma das sedes da Copa de 2014 e que acolherá os Jogos Olímpicos de 2016, disse à AFP Gilson Cardoso, porta-voz do Movimento Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.

"Sua luta deveria continuar aqui no Brasil, é um escândalo que ele tenha que abandonar suas atividades no país", completou o ativista.

Em 17 de setembro, representantes de diversos partidos políticos e movimentos sociais se reuniram na OAB do Rio para pedir a proteção de Freixo, depois que foi revelado um documento com um plano de atentado contra ele.

Consideradas por muito tempo como um "mal menor" diante da onipresença dos traficantes, as milícias são reminiscências dos esquadrões da morte que perseguiam e assassinavam opositores da ditadura (1964-1985), explicou recentemente Freixo à AFP.

Hoje as milícias substituem os traficantes nas favelas, onde impoem aos moradores o que eles chamam de "proteção", em troca de uma "taxa de segurança", e causam tantas mortes como os traficantes.

Segundo Freixo, o governo do Rio de Janeiro "não tem vontade política para combater as milícias que conseguiram eleger muita gente" e têm, portanto, tanto poder político, disse o deputado.

Freixo partirá para a Europa por "tempo indeterminado", disse sua porta-voz, que lembrou que o deputado anunciou sua intenção de ser candidato pelo PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais de

“O presidente é uma pessoa que olha para fora. Ele não fica triste, olhando para dentro. Ele olha para fora, olha para o mundo, olha para a vida. Então a conversa com ele é sempre muito alegre”, disse a presidenta. Dilma, acompanhada dos ministros Gilberto carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega e do assessor especial Marco Aurélio Garcia, saiu animada da visita de mais de uma hora a Lula no hospital. “Saio muito contente porque achei ele muito bem, muito disposto, com aquela imensa energia que sai da bondade, da alegria que ele tem. Tenho certeza que nós vamos ver, em janeiro, o presidente desfilando na Gaviões da Fiel”, disse Dilma, se esquecendo que o Carnaval é em fevereiro. Dilma e Carvalho foram precedidos por alguns minutos pelo também ministro Guido Mantega, da Fazenda, que também compareceu ao hospital para prestar solidaridade ao antigo chefe. O advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente, também esteve mais cedo no hospital.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concluiu às 23h59 desta segunda-feira (19h59 em Brasília) sua operação militar na Líbia, sete meses depois de ter lançado a campanha por mar e arque ajudou a depor o regime de Muamar Kadafi, que foi morto em 20 de outubro em Sirte, sua cidade natal.


Foi o início dos bombardeios aéreos que impediu as forças de Kafadi de conquistar os enclaves rebeldes de Benghazi e Misrata. Além disso, foi a Otan que abriu caminho aos combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Ao anunciar a decisão na semana passada, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, classificou-a como "uma das mais bem sucedidas" operações na história da aliança de 62 anos.
Nesta segunda-feira, Rasmussen fez uma visita surpresa à capital do país, Trípoli, para marcar o encerramento da presença da organização. Em entrevista coletiva, ele aclamou a missão. "É ótimo estar na Líbia, na Líbia livre", disse. "Nós agimos para proteger vocês. Juntos, nós tivemos sucesso. A Líbia está finalmente livre, de Benghazi a Brega, de Misrata até as Montanhas Ocidentais e a Trípoli."
Rasmussen afirmou estar orgulhoso do papel que a Otan desempenhou nos sete meses de insurgência contra Kadafi. "Vocês já começaram a escrever um novo capítulo na história da Líbia. Nossos comandantes foram muito cuidadosos em garantir que não machucássemos vocês ou suas famílias."
Em sua visita a Trípoli, o secretário-geral da Otan reuniu-se com o CNT e com membros da sociedade civil.
Apesar dos elogios de Rasmussen, a intervenção provocou críticas e durou muito mais do que as nações ocidentais esperavam ou queriam. A Otan manteve sua decisão de encerrar a missão apesar dos pedidos do CNT de que continuasse envolvida por mais tempo e afirmou que não espera desempenhar um grande papel no pós-guerra, embora possa colaborar na transição para a democracia, ajudando na reforma no setor de segurança.
A aliança assumiu a missão em 31 de março, com base em um mandato das Nações Unidas que estabeleceu uma zona de exclusão aérea e permitiu que forças militares estrangeiras, incluindo a Otan, usassem "todas as medidas necessárias" para proteger civis líbios.
Os aliados da Otan têm se dedicado a encontrar uma rápida conclusão para um esforço custoso que envolveu mais de 26 mil tropas aéreas e navais num momento em que os orçamentos estão sob grande pressão devido à crise econômica global.
Mas autoridades da Otan disseram que os membros da aliança são livres para dar mais segurança para a Líbia individualmente.
O CNT anunciou oficialmente a liberação da Líbia em 23 de outubro, dias depois da captura e morte do líder deposto Kadafi. O ex-líder líbio, que estava foragido desde agosto, quando a capital foi completamente tomada pelas forças opositoras, morreu no dia 20 de outubro e foi enterrado cinco dias depois.

Dilma faz visita a Lula no hospital em São Paulo

Poucas horas depois de iniciar a primeira sessão de quimioterapia para combater o recém diagnosticado câncer na laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava mais interessado na reunião do G-20 que começa amanhã em Cannes (França) e com as críticas da imprensa ao programa Minha Casa Minha Vida do que em falar de seu estado de saúde. O relato é da presidentaDilma Rousseff, que visitou Lula no hospital Sírio-Libanês antes de participar de um evento em São Paulo. "Ele é um guerreiro, vai sair dessa e nos dar muitas alegrias", disse a presidenta.

Questionada sobre possíveis dicas ao ex-presidente de como enfrentar a doença, Dilma, que também passou por uma quimioterapia em 2009, disse que eles falaram pouco sobre saúde.
Saio muito contente porque achei ele muito bem, muito disposto, com aquela imensa energia que sai da bondade, da alegria que ele tem”
“A gente conversou sobre muita coisa. Com ele a gente não tem conversa só sobre isso. Eu dei poucas dicas porque o presidente Lula estava mais interessado em discutir o G-20, por exemplo, em discutir como está o desempenho dos países da zona do euro, muito empenhado em uma questão que é o fato de não há registro na história de soluções para uma crise sem crescimento”, disse Dilma.
Além disso, Lula reclamou de reportagem na TV sobre irregularidades no Minha Casa Minha Vida.“É um programa que tem um milhão de contratos e o pessoal pega dois contratos e diz que é uma catástrofe. Ele reclamou disso”, disse Dilma. Segundo ela, o ex-presidente não é o tipo de pessoa que gosta de remoer os próprios problemas.
“O presidente é uma pessoa que olha para fora. Ele não fica triste, olhando para dentro. Ele olha para fora, olha para o mundo, olha para a vida. Então a conversa com ele é sempre muito alegre”, disse a presidenta.
Dilma, acompanhada dos ministros Gilberto carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega e do assessor especial Marco Aurélio Garcia, saiu animada da visita de mais de uma hora a Lula no hospital.
“Saio muito contente porque achei ele muito bem, muito disposto, com aquela imensa energia que sai da bondade, da alegria que ele tem. Tenho certeza que nós vamos ver, em janeiro, o presidente desfilando na Gaviões da Fiel”, disse Dilma, se esquecendo que o Carnaval é em fevereiro.
Dilma e Carvalho foram precedidos por alguns minutos pelo também ministro Guido Mantega, da Fazenda, que também compareceu ao hospital para prestar solidaridade ao antigo chefe. O advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente, também esteve mais cedo no hospital.

domingo, 30 de outubro de 2011

Escola pivô da crise do Enem tem aula de ética


Ig
No centro da nova crise do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o grupo educacional de 60 anos ao qual pertence o Colégio Christus dá aula de ética, educação religiosa e mantém relação estreita com os pais dos estudantes. Ao mesmo tempo, trava há décadas uma disputa agressiva contra seus três principais concorrentes pelos melhores resultados nos vestibulares do Ceará.
Na frente de uma das sedes de seu pré-universitário em Fortaleza, o Colégio Christus colocou faixa se orgulhando do resultado alcançado pela instituição no Enem de 2010, segundo a qual a instituição obteve um dos melhores desempenho no Brasil. A mesma informação está nos anúncios de jornais, em rádios, televisões e outdoors espalhados pela cidade.
A estratégia de marketing é reflexo da competição do colégio contra as escolas particulares Farias Brito, Ari de Sá e 7 de Setembro – todas recorrem a recurso idêntico. Essas instituições educacionais cearenses são adversárias diretas na briga pelas melhores colocações e pelo maior índice de aprovação nos vestibulares locais.
Juntas, essas quatro escolas arrebatam ano após anos, há pelo menos duas décadas, praticamente todas as vagas dos cursos mais concorridos das universidades públicas locais. Os alunos dessas escolas também são destaque constante em olimpíadas de ciências exatas nacionais e internacionais e no vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) – considerado um dos mais difíceis do País.
Os quatro grupos educacionais possuem sedes modernas distribuídas por vários pontos da capital cearense e cobram mensalidades muito parecidas – em torno de R$ 600 para o 3º ano, valor alto para o fortalezense médio. Além disso, Farias Brito, 7 de Setembro e Christus têm suas próprias faculdades. As três são bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) e foram criadas praticamente no mesmo período, em mais um sinal da competição acirrada entre elas.
O capítulo mais recente dessa disputa envolve os equipamentos tecnológicos utilizados pelas escolas nas aulas. O Ari de Sá inovou primeiro anunciando que passará a substituir livros por tablets a partir do ano que vem, com a promessa de um ensino mais moderno e eficiente. Em resposta, imediatamente o Christus espalhou outdoors pela cidade divulgando que adotará lousas digitais nas salas de aula – uma parafernália que proporciona imagens em 3D.
Em público, o Christus se esforça para parecer uma escola moderna, focada nos resultados obtidos diante de seus concorrentes. Aos pais, o discurso muda e é ressaltada “a formação baseada na ética e moral cristã”. A escola é assumidamente católica, tem disciplinas religiosas e oferece formação para primeira eucaristia e crisma, além de ter sua própria capela.
Embora não seja vinculada a nenhuma ordem religiosa da Igreja Católica – a instituição foi fundada em 1951 pelo professor Roberto de Carvalho Rocha, pai de Davi Rocha, atual diretor geral – a disciplina de Filosofia e Moral Cristã, por exemplo, é obrigatória.
A escola também aposta em outro diferencial. Ao contrário de seus três principais concorrentes, o Christus não está no centro de Fortaleza. Todas as suas sedes ficam em bairros de classe média da cidade. Uma delas, inclusive, está no bairro Parquelandia, na periferia. Em 2012 será inaugurada uma nova no Benfica, bairro residencial e universitário. A estratégia é estreitar os laços com os pais e alunos, a exemplo do que faz a igreja com as paróquias.
“De 15 em 15 em dias ou pelo menos uma vez ao mês havia reunião com os coordenares e professores”, relata a comerciária aposentada Creuza Maia, de 59 anos. Os dois filhos dela, hoje formados, estudaram todo o ensino básico na escola. “Existem pais que não passam da porta da escola para entregar e levar o filho, mas para os que querem acompanhar de perto, havia acesso direto aos professores e a direção. Se eu chegar lá hoje, todos ainda lembram-se de mim”.
As três filhas do médico oftalmologista José Edvaldo Freire, 47 anos, estão matriculadas no colégio desde que iniciaram os estudos. A mais velha está no 3º ano. Faz parte da lista de 639 alunos que terão de refazer o Enem nos dias 28 e 29 de novembro, de acordo com a decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Apesar de toda estrutura, aparato tecnológico e bons resultados, os dois fatores que pesaram mais para que o médico escolhesse a instituição para matricular as filhas foram praticidade e religião. “O Colégio Christus é uma escola que oferece formação científica, moral e religiosa de alto nível, complementando o que é vivenciado na família”, argumenta.
O MEC acusa a instituição de ter copiado do pré-teste 14 questões que caíram nas provas do Enem e defende que apenas os 639 alunos matriculados no 3° ano do Ensino Médio do Christus refaçam a prova – apesar de o iG ter mostrado que pelo menos 320 alunos de cursinho também tiveram acesso ás questões.
O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) defendem a anulação das 14 questões supostamente copiadas.
O colégio nega ter cometido irregularidades. A instituição está sendo defendida pelo escritório de advocacia Cândido Albuquerque Advogados Associados – um dos mais conceituados do Ceará. A defesa alega que as questões “coincidentes” que derivam de pré-testes são da responsabilidade do próprio Inep e que a divulgação do material didático alcançou o “público em geral”.
Cândido já foi presidente da Ordem dos Advogados (OBA) do Ceará, é professor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pré-candidato À prefeitura de Fortaleza pelo Partido da República (PR). É um dos principais advogados do Estado. Sua contratação mostra o tamanho do Christus no Ceará - e o quanto a escola leva a sério uma polêmica que ameaça, como nunca, sua reputação no Estado.

Estudo mostra que pacientes já em tratamento estão transmitindo o HIV

Uma pesquisa israelense mostra que pessoas que sabem que têm o HIV estão fazendo sexo sem camisinha e transmitindo o vírus para outras pessoas. A equipe de Zehava Grossman, pesquisadora da Universidade de Tel Aviv encontrou, em pacientes recém-diagnosticados, formas do vírus resistentes a drogas. Isso mostra que eles receberam o HIV de pessoas que já tomam o coquetel para controlar a doença.

Além disso, outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) foram encontradas nos testes, o que é mais uma indicação de que as pessoas deixaram de usar o preservativo em relações sexuais.
"A informação que temos é em Israel, mas temos tendências semelhantes nos EUA, na Europa e na Austrália", diz Grossman, sobre a falta de cuidado com o sexo seguro. "No nosso trabalho, fica bem claro que é uma tendência de 2007 para cá", completa.
Grossman afirma ainda que as pessoas infectadas têm consciência do que é um comportamento de risco. No teste de laboratório, é possível perceber se a pessoa adquiriu o vírus recentemente. A pesquisadora afirma que, nos últimos anos, muitos foram diagnosticados nesse quadro, e isso mostra que eles já imaginavam que poderiam estar com o HIV, provavelmente porque sabiam que tinham sido expostos ao risco.
Os dados obtidos deixam a pesquisadora preocupada principalmente com homens homossexuais. Ela diz que o número de gays diagnosticados é cinco vezes maior do que era há dez anos. Entre os heterossexuais, a variação não foi significativa, segundo ela.

População mundial chega a 7 bilhões e ONU alerta para prejuízos


A população mundial chegará, nesta segunda-feira, a 7 bilhões de pessoas. Quem faz a afirmação é a Onu, segundo estimativas. O estudo foi feito pela necessidade urgente de redistribuição da riqueza para o combater as crescentes desigualdades.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a data não é motivo de alegria. "Os recém-nascidos chegam a um mundo contraditório, com muita comida para uns e com a falta de alimentos para um bilhão de pessoas que vão dormir com fome todas as noites. Muitas pessoas gozam de luxuosos estilos de vida e muitos outros vivem na pobreza", disse à revista americana "Time".
O recorde demográfico deveria ser visto como "um chamado à ação", insistiu, porém em alguns lugares haverá celebração - alguns países até elegerão um bebê como símbolo.
Na Zâmbia, será realizado um concurso musical, e no Vietnã, um show intitulado 7 Billion: Counting On Each Other (7 bilhões de pessoas apoiando-se mutuamente). Na Rússia, as autoridades vão entregar presentes a alguns recém-nascidos.
A nova cifra demográfica representa 1 bilhão de pessoas a mais no mundo em relação ao número divulgado em 1999. Na ocasião, a ONU nomeou um recém-nascido bósnio, Adnan Mevic, como o habitante número 6 bilhões da Terra. O então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, foi fotografado em um hospital de Sarajevo, segurando a criança.
A família de Mevic atualmente vive precariamente, o que pode explicar o fato de que neste ano não houve foto simbólica com o chefe das Nações Unidas. "Não se trata de números. Trata-se de pessoas", disse Ban, que visitou uma escola de Nova York na última semana.
"Serão sete bilhões de pessoas que vão precisar de alimentos em quantidade suficiente, assim como de energia, além de boas oportunidades na vida de emprego e educação; direitos e a própria liberdade de criar seus próprios filhos em paz e segurança", explicou, dizendo aos alunos que tudo que quiserem deverá ser multiplicado por sete bilhões.
Ban levará esta mensagem ao G20, encontro das maiores e crescentes economias do mundo, que está marcada para a próxima semana, no sul da França.
De acordo com a ONU, cerca de dois bebês nascem a cada segundo. Ao que tudo indica, serão 10 bilhões de seres humanos em 2100. Ainda segundo as estatísticas, a Índia será o país mais povoado do mundo em 2025, com 1,5 bilhão de habitantes, superando a China.
Um relatório divulgado pelo Fundo de População da ONU (UNFPA) agrava mais ainda a situação. A pesquisa destaca que o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, principalmente nos países pobres. A mudança climática e a explosão demográfica também deverão agravar as crises de fome e de seca.
Em contrapartida, o envelhecimento da população se tornará um problema para o Japão e os países europeus. Ainda de acordo com o relatório as políticas de migração, saúde e emprego dificultam a situação nessas áreas.

Brasil deve fechar 2011 como a sexta maior economia do mundo

O Brasil caminha para se tornar a sexta maior economia do mundo já em 2011. Segundo estudos da consultoria Economist Inteligence Unit (EIU), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá superar o do Reino Unido ainda neste ano. 

Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, a consultoria estima que o PIB brasileiro chegue a US$ 2,44 trilhões em 2011, contra US$ 2,41 trilhões do Reino Unido. 

Com isso, o Brasil assume a sexta posição na lista de maiores economias do mundo. 

Em 2010, o País já havia saltado para a sétima colocação, ao superar a Itália na lista.

De acordo com o jornal, em 2013, entretanto, a Índia tomará o Brasil a sexta posição, mas, em 2014, o País retoma a colocação, ao ultrapassar a França, no ano da Copa do Mundo. 

A EIU estima que, até o fim da década, o PIB brasileiro será maior que de todos os países europeus.

Israel lança novo ataque a Gaza após anúncio de cessar-fogo

Apenas oito horas após a Jihad Islâmica ter anunciado um cessar-fogo, Israel lançou um novo ataque aéreo contra um grupo de milicianos. O bombardeio matou um militante e deixou outro gravemente ferido em Rafah, no sul de Gaza, elevando para dez o número de palestinos mortos desde sábado.

De acordo com fontes de segurança da região, as vítimas pertencem à facção armada da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) e tentavam disparar um projétil contra o território israelense no momento em que foram atingidos.
O incidente é o primeiro que viola desde o anúncio da trégua, conquistada com a ajuda da mediação egípcia. Nas últimas 24 horas, a Jihad perdeu nove de seus militantes em ataques israelenses similares em Gaza. Além disso, um civil israelense morreu no sábado pelo impacto de um foguete disparado do território palestino contra a cidade israelense de Ashkelon.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu não havia respondido formalmente ao pedido de cessar-fogo. Em um comunicado divulgado na rádio de Israel, ele disse que o país "não quer que as coisas se deteriorem", mas se defenderia contra qualquer um que atacasse.
A violência começou no sábado, quando Israel atacou um campo de treinamento do braço armado do grupo islamita no sul de Gaza e matou cinco de seus militantes, entre eles Ahmed Sheikh Khalil, dirigente do grupo, e feriu outros três.
O Exército israelense informou em comunicado que o alvo do ataque foi "um esquadrão terrorista que se preparava para lançar foguetes de longo alcance" contra solo israelense e era responsável pelo disparo de foguetes Grad na quarta-feira, que não causaram vítimas. Desde quarta, mais de 30 foguetes e morteiros foram disparados contra o sul de Israel.
A Força Aérea de Israel também bombardeou seis áreas, que descreveu como "instalações terroristas", no sul e norte de Gaza, deixando quatro mortos e ferimentos graves em pelo menos dois militantes. Um porta-voz militar afirmou que os alvos atacados foram "um túnel terrorista e três centros de lançamento de foguetes no norte da faixa e dois centros de atividade terrorista no sul".
Os colégios em um raio de 40 quilômetros de Gaza fecharam suas portas por medo de que o lançamento de foguetes continuasse, e a Universidade de Ben Gurion, em Be'er Sheva, também suspendeu suas aulas.
As Forças Armadas de Israel desmantelaram durante o fim de semana duas baterias antifoguetes nas imediações do território palestino, uma perto de Be'er Sheva e outra em Ashdod, e conseguiram interceptar um foguete Grad e outros dois projéteis.
Esse é o terceiro aumento da tensão no sul de Israel com o desmembramento dessas baterias de intercepção de projéteis procedentes de Gaza. No final do agosto aconteceu outro aumento na violência, também com o envolvimento da Jihad Islâmica que terminou com uma trégua similar à anunciada neste domingo e intermediada pelo Egito.
Grupo menor
De acordo com analistas locais, o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não tem interesse em uma escalada dos confrontos com Israel e os ataques foram iniciativas da Jihad Islâmica, um grupo menor que é financiado pelo Irã.
A escalada da violência ocorreu poucos dias depois da implementação da primeira etapa do acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas, em que o soldado israelense Gilad Shalit foi liberta doem troca da soltura de 477 detentos palestinos.
Em uma segunda etapa, dentro de dois meses, Israel deverá libertar mais 550 prisioneiros e, segundo analistas, o Hamas não tem interesse de criar um clima de violência que poderia prejudicar a implementação da segunda etapa do acordo.
O longo alcance dos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza causa preocupação em Israel. Os foguetes do tipo Grad utilizados no sábado, diferentemente dos foguetes Kassam - que podem atingir um raio de apenas sete quilômetros - têm a capacidade de alcançar o centro do país e ameaçar Tel Aviv, a maior cidade de Israel.
Com BBC e EFE