A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concluiu às 23h59 desta segunda-feira (19h59 em Brasília) sua operação militar na Líbia, sete meses depois de ter lançado a campanha por mar e arque ajudou a depor o regime de Muamar Kadafi, que foi morto em 20 de outubro em Sirte, sua cidade natal.


Foi o início dos bombardeios aéreos que impediu as forças de Kafadi de conquistar os enclaves rebeldes de Benghazi e Misrata. Além disso, foi a Otan que abriu caminho aos combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Ao anunciar a decisão na semana passada, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, classificou-a como "uma das mais bem sucedidas" operações na história da aliança de 62 anos.
Nesta segunda-feira, Rasmussen fez uma visita surpresa à capital do país, Trípoli, para marcar o encerramento da presença da organização. Em entrevista coletiva, ele aclamou a missão. "É ótimo estar na Líbia, na Líbia livre", disse. "Nós agimos para proteger vocês. Juntos, nós tivemos sucesso. A Líbia está finalmente livre, de Benghazi a Brega, de Misrata até as Montanhas Ocidentais e a Trípoli."
Rasmussen afirmou estar orgulhoso do papel que a Otan desempenhou nos sete meses de insurgência contra Kadafi. "Vocês já começaram a escrever um novo capítulo na história da Líbia. Nossos comandantes foram muito cuidadosos em garantir que não machucássemos vocês ou suas famílias."
Em sua visita a Trípoli, o secretário-geral da Otan reuniu-se com o CNT e com membros da sociedade civil.
Apesar dos elogios de Rasmussen, a intervenção provocou críticas e durou muito mais do que as nações ocidentais esperavam ou queriam. A Otan manteve sua decisão de encerrar a missão apesar dos pedidos do CNT de que continuasse envolvida por mais tempo e afirmou que não espera desempenhar um grande papel no pós-guerra, embora possa colaborar na transição para a democracia, ajudando na reforma no setor de segurança.
A aliança assumiu a missão em 31 de março, com base em um mandato das Nações Unidas que estabeleceu uma zona de exclusão aérea e permitiu que forças militares estrangeiras, incluindo a Otan, usassem "todas as medidas necessárias" para proteger civis líbios.
Os aliados da Otan têm se dedicado a encontrar uma rápida conclusão para um esforço custoso que envolveu mais de 26 mil tropas aéreas e navais num momento em que os orçamentos estão sob grande pressão devido à crise econômica global.
Mas autoridades da Otan disseram que os membros da aliança são livres para dar mais segurança para a Líbia individualmente.
O CNT anunciou oficialmente a liberação da Líbia em 23 de outubro, dias depois da captura e morte do líder deposto Kadafi. O ex-líder líbio, que estava foragido desde agosto, quando a capital foi completamente tomada pelas forças opositoras, morreu no dia 20 de outubro e foi enterrado cinco dias depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário