O ex-presidente de Israel Moshe Katsav (2000-2007) começou a cumprir nesta quarta-feira a pena de sete anos de prisão por estupro. Ao sair de sua casa em direção à prisão, ele voltou a declarar inocência e disse que estava sendo “enterrado vivo”.
"Ainda chegará o dia em que a verdade aparecerá", disse Katsav. "A consciência daqueles que cometeram esta injustiça certamente vai despertar e vocês verão que enterraram um homem vivo.”
Katsav cumprirá a pena na prisão de Maasiahu, em Tel Aviv. Inicialmente ele será submetido a um rígido esquema de vigilância, diante do temor de que possa cometer suicídio.
O ex-presidente foi condenado por crimes de estupro, atos indecentes, assédio sexual e obstrução da Justiça.
Todos os apelos contra a condenação foram negados, inclusive pela Suprema Corte de Israel, que o considerou culpado de estuprar e assediar funcionárias quando era presidente e ministro do Turismo. "Katsav aproveitou o cargo para cometer os crimes e a sentença pronunciada contra ele está justificada", destacou a decisão da Suprema Corte, anunciada em novembro.
Integrante do Likud, partido de direita do atual governo, Katsav foi denunciado por uma jovem quando ainda estava na presidência, à qual teve de renunciar por causa do escândalo.
A jovem que denunciou o ex-presidente nunca teve seu nome revelado, por causa de uma determinação da Justiça israelense. Por isso, passou a ser chamada pela imprensa de Aleph, primeira letra do alfabeto hebraico.
Segundo a imprensa israelense, Katsav teria estuprado a funcionária, que era uma de suas secretárias, no palácio presidencial. Após a denúncia, mulheres que trabalharam para ele anteriormente, no Ministério do Turismo, também fizeram acusações.
Em Israel, a condenação de Katsav tem valor simbólico por ser considerada uma mensagem às mulheres para que não hesitem em denunciar casos de assédio sexual e estupro.
Com EFE e informações de Nahum Sirotsky, de Israel
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