segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Queda de Carlos Lupi: Aumenta a crise do regime político



Fonte: Causa Operária Online

Depois de seguidas denúncias contra o ministro do trabalho, Carlos Lupi, o governo Dilma Rousseff perdeu seu sétimo ministro, o sexto por denúncia de corrupção. A crise nesta pasta teve início no começo de novembro quando a revista Veja publicou uma matéria sobre um esquema de cobrança de propina dentro do ministério para beneficiar o PDT, partido do qual Lupi é presidente licenciado.

Em uma nova reportagem, a mesma revista Veja publicou nova denúncia mostrando que Lupi havia utilizado um jatinho do dono de uma ONG beneficiada por convênios feitos com o ministério.

Mesmo após estas denúncias Lupi, que perdeu apoiou dentro do próprio partido, procurou resistir.

No entanto, surgiu mais uma denúncia. O jornal Folha de S. Paulo publicou casos de corrupção mostrando que Lupi concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá.

Depois de todas estas denúncias, na tarde do dia 4, domingo, Lupi pediu demissão.

O nome do novo ministro ainda não foi confirmado, no entanto, a vaga deve permanecer com o PDT que deve se reunir ainda hoje para indicar um nome para a escolha de Dilma Rousseff.

As denúncias de corrupção publicadas pela imprensa capitalista, em particular pelaVeja e pela Folha de S. Paulo não são, de nenhum modo, resultado de uma luta contra a corrupção.

As denúncias são instrumentos usados por uma ala da burguesia que busca atacar outro setor e, desta maneira, obter vantagens políticas.

Neste sentido, a queda do sétimo ministro no primeiro ano de governo de Dilma Rousseff mostra que a crise do regime político está em pleno desenvolvimento e tende a avançar cada vez mais conforme também avance a crise capitalista.

Esta luta tende a debilitar o domínio da burguesia de conjunto sobre o regime político, o que irá colaborar para uma ação revolucionária da classe operária e de toda a população explorada.

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