O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, conseguiu permissão judicial nesta segunda-feira para continuar na Suprema Corte do Reino Unido sua batalha legal contra a extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.

Foto: AP
O criador do WikiLeaks, Julian Assange, concede entrevista em Londres (01/12)
A Alta Corte britânica decidiu que o australiano pode recorrer à Suprema Corte e tem 14 dias para enviar por escrito um pedido para que a mais alta instância judicial do Reino Unido analise seu caso.
Com isso, o criador do WikiLeaks deixa de correr o risco de deportação imediata, após ter um primeiro recurso contra sua extradição negado em novembro.
Segundo seu advogado, Gareth Peirce, os juízes aceitaram o argumento de Assange, que questiona a legalidade do processo.
De acordo com a defesa, é preciso determinar se pela lei europeia a polícia e procuradores têm autoridade judicial e o poder para expedir mandados de extradição.
Assange foi preso em 7 de dezembro de 2010 após se entregar à polícia de Londres, que cumpriu um mandado de prisão internacional emitido pela Suécia. Ele foi solto sob fiança nove dias depois e, desde então, esteve em prisão domiciliar em Londres.
O australiano nega as acusações, que considera politicamente motivadas por causa de seu trabalho no WikiLeaks, site especializado em divulgar documentos oficiais.
Em 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 700 mil documentos oficiais sigilosos dos EUA, entre memorandos diplomáticos e informações sobre as guerras do Iraque e Afeganistão.
Com AP e BBC
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