sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Socorro à Europa terá mais verba alemã

São Paulo - O cenário mundial melhorou ontem depois que o Parlamento da Alemanha aprovou o aumento do fundo anticrise da zona do euro, por ampla maioria. A decisão tranquilizou as principais Bolsas de Valores mundiais, que fecharam em alta. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 0,21%, o terceiro pregão seguido no azul. O dólar também teve alta, de 0,38%, cotado a R$ 1,844.

O ministro da Fazenda Guido Mantega elogiou a decisão dos alemães e disse que a aprovação do aumento do fundo de auxílio aos países da zona do euro pelo Parlamento irá ajudar a União Europeia a sair da crise. "Essa é uma notícia muito boa, que dá condições para que a União Europeia possa reagir melhor a esta crise. Espero que os demais parlamentos europeus também aprovem esta lei o mais rápido possível", afirmou Mantega.

Na votação - que foi o maior teste de liderança da chanceler Angela Merkel desde que ela assumiu o cargo, há seis anos -, 523 parlamentares apoiaram mais poderes para o fundo, 85 votaram contra e três se abstiveram. Na quarta-feira, os bancos privados alemães haviam anunciado que não irão ampliar sua participação no segundo empréstimo para a Grécia, numa decisão que não está diretamente relacionada com a resolução do Parlamento.

Na prática, os políticos alemães respaldaram a decisão tomada pelo Conselho Europeu no dia 21 de julho. O chamado Fundo Europeu de Estabilidade Financeira terá maior capacidade de financiamento para auxiliar economias em crise na região, principalmente a Grécia, com a ampliação do teto, de 440 bilhões de euros para valores de até 2 trilhões de euros. Além disso, permitirá a compra de títulos públicos, injeção de capital em bancos e concessão de empréstimos antes do agravamento da crise. Anteriormente, o fundo só podia socorrer economias em crise.

Mas a preocupação com a crise continua e levou o Parlamento da Suíça a aprovar ontem um projeto de lei que exige dos bancos UBS e Crédit Suisse que ancorem sua base de capital para assegurar capacidade de lidar com crises futuras nos mercados financeiros sem que o governo precise socorrê-los.

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