
O diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, afirmou que a agência vai dar três multas à Chevron: limitar informação, não estar preparada para solucionar problema e um terceiro motivo que não foi revelado. A Chevron pode receber multa de R$ 50 milhões da ANP – o valor máximo de multa - pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos, mas o diretor da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, disse que o montante é pouco pela seriedade do acidente. O valor da multa será divulgado hoje “ou amanhã”, mas Lima não quis adiantar em entrevista coletiva concedida hoje na nova sede da ANP em São Paulo.
“A multa máxima é de R$50 milhões. Na minha opinião, ela é pequena, precisava ser reavaliada. É uma legislação de 1998”, disse. Em 2000, a Petrobrás recebeu a mesma multa pelo pior vazamento de petróleo da história do Brasil, de 1,3 milhão de litros lançados na baía de Guanabara.A ANP também estuda também a possibilidade de a Transocean não poder mais atuar no Brasil. A empresa norte- americana operava o poço no Campo Frade, e a mesma do vazamento ocorrido em 2010 no Golfo do México. “Pode acontecer muita coisa. O que precisamos ver agora é conter o vazamento”, disse.
A agência considerou que a operadora não tinha condições de executar o plano de emergência apresentado previamente por ela. “Eles não estavam preparados, não tinham equipamentos para o plano que eles próprios propuseram”, disse. Lima explica que a Chevron não tinha equipamento para o corte da coluna após a cimentação do poço. “O plano não poderia ser efetuado”.
A empresa também será autuada por limitar as informações sobre o vazamento.“Percebemos que eles estavam mitigando informações. Não nos passavam todos os dados. Passavam informações, ou fotos, só de áreas que tinha pouco vazamento e deixavam de passar sobre os pontos com mais vazamento”, disse. Uma terceira autuação está sendo estuda, mas a ANP não quis revelar o motivo.
Situação do vazamento
Lima afirma que foram monitorados 28 pontos por onde escapa petróleo. Apenas um tem o chamado vazamento residual e outros nove pontos tem gotas saindo das fendas no solo. “A coisa está sendo controlada. Só podemos dizer que está controlada quando não tiver nenhuma gota saindo”, disse.
Lima afirma que foram monitorados 28 pontos por onde escapa petróleo. Apenas um tem o chamado vazamento residual e outros nove pontos tem gotas saindo das fendas no solo. “A coisa está sendo controlada. Só podemos dizer que está controlada quando não tiver nenhuma gota saindo”, disse.
Lima descarta a informação de que a Chevron teria perfurado 500 metros além do permitido “Isto não tem cabimento. Eles estão acerca dos 200 metros de limite. O diretor da ANP afirmou ainda que a operadora nunca afirmou à agência de que o vazamento era uma falha natural, como afirmou em nota à imprensa. “ O vazamento estava aflorando de uma falha geológica, agora natural não é”, disse.
No período com maior fluxo de óleo, no dia 11 de novembro , a ANP calcula que o vazamento tenha sido de 330 barris por dia (de 200 a 400 barris/dia). “É um problema significativo. “Se multiplicarmos pelos oito dias dá uns 2.700 barris que já teriam vazado”, disse.

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