

O ex-chefão do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn e sua mulher, Anne Sinclair, anunciaram nesta terça-feira (22) que vão processar Henri Guaino, conselheiro do presidente francês Nicolas Sarkozy, e vários meios de comunicação por sua cobertura de um caso de aliciamento de mulheres em que foi ele mencionado.
Os advogados do casal vão processar as revistas L'Express, Nouvel Observateur, Paris Match e VSD e o jornal Le Figaro, além de Henri Guaino, conselheiro especial do presidente pelas declarações que fez a um canal de televisão.
A mídia francesa vem publicando reportagens regulares nas últimas semanas sobre uma investigação de prostituição no norte da França e o nome de Strauss-Kahn vive aparecendo. Ele já pediu para ser convocado para se explicar aos investigadores.
Em comunicado, Strauss-Kahn e Anne Sinclair classificaram o noticiário de "ultrajante".
- Nem Anne Sinclair nem Dominique Strauss-Kahn desejam limitar a livre expressão de ideias e a circulação de informação, mas também não aceitam ter sua privacidade explorada por razões puramente comerciais
A declaração dos advogados não apontou exatamente em que base legal o processo estava sendo levado, mas especificou que era uma ação criminal no caso de Henri Guaino.
Strauss-Kahn foi inocentado por acusações de estupro
Strauss-Kahn vive um ano difícil em 2011. Ele estava pronto para anunciar sua candidatura à Presidência da França quando foi preso em Nova York em 14 de maio, acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel.
Promotores dos EUA retiraram as acusações citando dúvidas sobre a credibilidade da testemunha, deixando Strauss-Kahn livre para retornar à França, onde a Justiça decidiu que outra acusação de assédio sexual contra ele foi apresentada tarde demais para ser levada aos tribunais.
Em outubro, a justiça francesa reconheceu um delito de agressão sexual denunciado pela escritora francesa Tristane Banon, mas arquivou o processo por prescrição, já que ocorreu em 2003.
Em meados de novembro, numa entrevista à rádio pública France Internacional, o advogado Henri Leclerc denunciou uma "campanha nauseabunda, proselitista, grotesca em nome da virtude executada por determinados jornalistas que preferem fazer uma campanha indecente".
Nos últimos dias, a imprensa francesa especulou sobre um possível divórcio de Strauss-Khan e Anne Sinclair.
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