terça-feira, 22 de novembro de 2011

Panorama: FMI oferece crédito, mas mercado segue cauteloso

A criação de uma nova linha de crédito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para combater a crise na zona do euro deu um breve alívio para os mercados nesta terça-feira, mas não foi suficiente para sustentar as ações no Brasil e em Wall Street.

O FMI anunciou a Linha Preventiva e de Liquidez (PLL, na sigla em inglês) como "um seguro contra choques futuros e como uma janela de liquidez de curto prazo para atender às necessidades dos que estiverem em crise". A PLL dará aos países com políticas econômicas relativamente boas acesso a crédito de seis meses, segundo o FMI.

Após o anúncio, o euro ganhou força ante o dólar e as bolsas chegaram a respirar, mas perderam sustentação.

Os mercados deram pouca atenção à ata da última reunião do Federal Reserve (FED, banco central americano), que foi divulgada antecipadamente. A maior parte dos integrantes do FED apoiou a publicação de mais detalhes para esclarecer o provável rumo da política monetária e das taxas de juros, mas rejeitou a ideia de vincular suas ações a metas para o crescimento ou ao nível dos preços, informou o banco central americano.
Pela manhã, o mercado recebeu a revisão do crescimento da economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2% no terceiro trimestre, abaixo do crescimento de 2,5% reportado na primeira leitura e também estimado por economistas.

Ainda assim, as entrelinhas do relatório sugerem que a economia está prestes a engrenar no quarto trimestre, desde que a crise na zona do euro não estoure nos países avançados. Mas a persistência dos gastos dos consumidores e a primeira queda dos estoques empresariais desde o quarto trimestre de 2009 abrem espaço para uma melhor performance.
O índice de confiança do consumidor da zona do euro recuou a menos 20,4 em novembro, ante menos 19,9 em outubro.

No Brasil, o Banco Central divulgou déficit em transações correntes de US$ 3,109 bilhões em outubro, abaixo da mediana das previsões de 12 analistas consultados, que projetava déficit de US$ 3,5 bilhões.

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