segunda-feira, 21 de novembro de 2011

China: foto de ativista nu leva à investigação por pornografia



Pouco depois de ter pagado a metade da multa imposta pelo governo chinês, o ativista Ai Weiwei já enfrenta outra acusação. Na última semana, a polícia chamou seu assistente para responder perguntas sobre uma foto em que o ativista posa ao lado de quatro mulheres nuas. De acordo com o site do jornal The Guardian, ele agora é investigado por pornografia.

Assim como se mobilizaram para arrecadar fundos e pagar a multa imposta pelo governo, defensores do ativista começaram a tirar a roupa e divulgar as imagens na internet em apoio a Weiwei. Os manifestantes dizem que o governo não se preocupa em regular os inúmeros sites de pornografia existentes na China, mas em perseguir o ativista, crítico do governo.




A prisão de Ai Weiwei foi a mais destacada entre as centenas de ativistas, intelectuais, advogados e artistas que foram acossados, detidos ou torturados desde fevereiro, em uma campanha do regime chinês para impedir qualquer emulação da Primavera Árabe em seu território.Weiwei permaneceu 81 dias detido acusado de evasão de impostos, mas tanto o artista como seus parentes e fãs garantem que o motivo real é uma represália por sua aberta oposição ao regime do Partido Comunista da China (PCCh). Segundo Gao Ying, mãe do ativista, autoridades começaram a ameaça-lo depois que ele realizou uma investigação independente sobre o desabamento de escolas durante o terremoto de Sichuan, em 2008, no qual morreram milhares de crianças, vinculando a tragédia à corrupção.

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