segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Município do Ceará tem confirmado surto de gripe suína

A cidade de Pedra Branca, no Sertão do Ceará, está preocupada com um surto da gripe suína - Influenza A (H1N1). A cada hora aparece, em média, dois casos suspeitos na cidade. Onze já foram confirmados pela Secretaria de Saúde cearense e há 232 notificados. Todos os pacientes são do Colégio Agrícola da cidade, de acordo com a pasta.

Os casos vieram à tona depois que um professor da escola profissionalizante, com sintomas fortes da doença, foi à Fortaleza se tratar e lá recebeu o diagnóstico da gripe suína. Ele teve contato com um paciente infectado pelo vírus em São Paulo.

A população do município, de 43 mil moradores, está assustada e o estoque de máscaras cirúrgicas acabou nas farmácias.

"Eu senti uma fraqueza, dor na barriga, nas pernas. E deu logo uma febre alta", diz o agricultor Simões Alves Carneiro.

O hospital de Pedra Branca criou um setor específico para contabilizar os casos suspeitos. Os mais graves são atendidos na emergência. O local recebeu remessas do medicamento para combater a gripe no fim de semana.

"Nós queremos que os casos sejam diagnosticados rapidamente, que a gente possa apoiar o município na realização dos exames e nessa articulação para que não falte estrutura", diz Arruda Bastos, secretário de Saúde cearense.

Um técnico do Ministério da Saúde deve chegar nesta segunda-feira à Pedra Branca para acompanhar a situação. Os casos foram confirmados na sexta-feira pelo Laboratório Central de Saúde Publica (Lacen). Os pacientes estão sendo acompanhados e monitorados pelas vigilâncias epidemiológicas da Secretaria de Estado da Saúde do Ceará e da Secretaria de Saúde Municipal de Pedra Branca.

Este ano, 17 mil moradores de Pedra Branca foram vacinados contra a gripe. Cerca de 94% das crianças com menos de 1 ano foram imunizadas contra a doença, e 95% dos idosos.

Da Agência O Globo

MS tem 18 casos de Aids para cada 100 mil habitantes


Boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira mostra que a incidência de novos casos notificados de pessoas infectadas pelo HIV caiu em Mato Grosso do Sul de 21,4 para cada 100 mil habitantes em 2008 e de 19,1/100 mil no ano retrasado para 17,9/100 mil habitantes em 2010.
Em todo o País, a prevalência (estimativa de pessoas infectadas pelo HIV) permanece estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18,8/100 mil habitantes em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010.
De acordo com o Ministério da Saúde, a epidemia de Aids está sob controle no país graças ao investimento do SUS (Sistema Único de Saúde) na prevenção e na ampliação da testagem e do acesso ao tratamento antirretroviral, além da capacitação dos profissionais de saúde.
O levantamento chama a atenção pelo aumento de casos entre os homossexuais. Enquanto entre a população de 15 a 24 anos a porcentagem de casos diminuiu ao longo dos últimos 12 anos, entre os gays da mesma faixa etária houve aumento de 10,1%.
No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com Aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.

Crise mundial será longa, diz vice do BNDES



O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, afirmou hoje que a crise mundial será longa, mas deve ter velocidades diferentes no impacto sobre os países com economias avançadas e os que são emergentes. "No Brasil, há paralisação de emissões de bônus que estavam prontas", destacou.

"Em função da crise, o comércio externo pode desacelerar e disparar protecionismo, o que seria indesejável", afirmou. Ele ressaltou, contudo, que há espaço para que ocorra o fortalecimento da relação econômica entre Brasil e Portugal, por exemplo.

Ferraz disse ainda que na crise de 2008 houve um puxar de freio dos agentes econômicos e na atual crise ocorreu uma redução da atividade doméstica, e não uma puxada de freio.

Segundo ele, o Brasil entrou o ano de 2011 com crescimento de 7,5% e a decisão do governo foi de desacelerar a economia. Esse movimento de desaceleração da economia foi feito, lembrou, utilizando alguns instrumentos, como alta dos juros. Ferraz participou hoje de encontro de empresários da Câmara Portuguesa de Comércio.

Crédito

Ferraz afirmou que dado a demanda de investimentos existente o BNDES "não será capaz de segurar a onda de financiamentos sozinho". E isso, declarou, ressalta a importância da ampliação de outras fontes de financiamento privado de longo prazo. Ferraz afirmou que os desembolsos do BNDES devem chegar perto de R$ 140 bilhões no final do ano. Ele disse que é possível que em dois anos, quando a taxa de juro nominal estiver abaixo de 10% ao ano, os bancos atuem com mais intensidade em projetos de financiamento de longo prazo.

Tombini

O vice-presidente do BNDES afirmou também que a decisão do Banco Central de 31 de agosto de realizar uma inflexão na política monetária, depois de ter elevado os juros em 1,75 ponto porcentual de janeiro a julho, se tornou uma avaliação positiva perante os agentes econômicos.

"(Alexandre) Tombini está virando uma entidade. O mercado parece estar convencido que as decisões dele estavam certas", comentou.

Ele destacou que logo depois da decisão do Copom do final de agosto muitos interlocutores manifestaram grande surpresa com a decisão do Banco Central. Os ex-presidentes do BC Gustavo Loyola e Affonso Celso Pastores chegaram a manifestar no dia 1º de setembro que a autoridade monetária havia abandonado o regime de metas de inflação.

Governo do Kuweit renuncia por denúncias de corrupção

Reuters Brasil

KUWEIT (Reuters) - O primeiro-ministro do Kuweit e seu gabinete renunciaram nesta segunda-feira por causa de denúncias de corrupção que vinham gerando críticas de manifestantes e deputados de oposição.
O emirado petroleiro tolera críticas políticas num grau raro na região, o que ajudou a blindar o país das turbulências da chamada Primavera Árabe, que já levaram à queda de quatro governos no norte da África e Oriente Médio desde o começo do ano.
Mas as tensões cresceram fortemente neste mês, quando manifestantes e parlamentares da oposição invadiram o Parlamento para exigir a renúncia do primeiro-ministro, xeique Nasser al-Mohammad al-Sabah.
"Decidimos submeter nossa renúncia para atender ao interesse nacional e devido ao perigo da situação a que chegamos", disse o xeique Nasser, segundo a TV estatal.
A invasão do Parlamento aconteceu depois que um pedido parlamentar para interrogar Nasser foi barrado pelo gabinete, o que a oposição disse ter sido inconstitucional.
Parlamentares contrários ao governo haviam alertado que, se Nasser não aparecesse para depor na terça-feira, iriam ampliar a campanha para derrubá-lo.
O Kuweit vive uma prolongada disputa política entre o governo, dominado pela família Al-Sabah, e o Parlamento, que tem 50 integrantes eleitos.
O emir, que nomeia o primeiro-ministro, que por sua vez forma um gabinete, aceitou a renúncia do premiê, segundo a agência estatal de notícias Kuna.
Há uma semana, o emir havia dito que a invasão do Parlamento fora um "dia negro para o país", e que não aceitaria a renúncia do premiê nem a dissolução da assembleia. Pelo menos 45 pessoas foram detidas no incidente
Nesta segunda-feira, fontes parlamentares disseram que, em caso de renúncia do governo, a formação de um novo gabinete poderia levar até três meses, e que nesse período as sessões parlamentares seriam suspensas.
Apesar da notícia da renúncia, a oposição decidiu manter um protesto convocado para a segunda-feira em frente ao Parlamento.
"Esperamos que o próximo passo seja dissolver o Parlamento, porque um quarto dos deputados foi citada para o promotor por causa de acusações de corrupção", disse o deputado Dhaifallah Buramia, da oposição islâmica, a jornalistas.
Desde que Nasser se tornou premiê, em 2006, sete gabinetes foram nomeados, e em três ocasiões o emir foi convencido a dissolver o Parlamento e antecipar eleições.
O gabinete anterior renunciou em março para evitar que o Parlamento interrogasse três ministros - esses interrogatórios são a principal arma do Legislativo contra o governo.
O fato de ter uma população pequena, beneficiada por generosos programas sociais bancados pelo petróleo, foi crucial para blindar o Kuweit dos protestos que já levaram à mudança de governo na Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. O país detém cerca de 10 por cento das reservas globais de petróleo.

Forças de segurança sírias cometeram crimes contra a humanidade

AFP

GENEBRA, Suíça — Os militares e as forças de segurança da Síria cometeram crimes contra a humanidade durante a repressão das manifestações contra o regime, afirmaram investigadores designados pelas Nações Unidas em um relatório publicado nesta segunda-feira, em Genebra.
"A comissão está muito preocupada porque foram cometidos crimes contra a humanidade em diversas regiões da Síria durante o período examinado", indicaram os três membros da Comissão Independente de Investigação sobre a Síria, considerando que as forças de segurança e o exército eram responsáveis por este atos.
As forças do regime mataram, estupraram e torturam manifestantes desde que começaram os protestos, em março passado, de acordo com as provas reunidas por esta comissão.
O painel entrevistou 223 vítimas e testemunhas, entre as quais desertores das forças de segurança que receberam ordens de disparar para matar os manifestantes, e assinalaram casos de crianças que foram torturadas até a morte.
Estes testemunhos mostram que foram realizadas execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, torturas, algumas das quais com violências sexuais, assim como violações dos direitos das crianças. Desde o início dos protestos, cerca de 3.500 pessoas morreram na Síria.
"A simples escala e modelo dos ataques dos militares e as forças de segurança contra civis e bairros de civis, assim como a destruição generalizada da propriedade, só podem ser possíveis com a aprovação ou cumplicidade do Estado", concluiu a comissão.

PF encontra irregularidade em armazenamento de petróleo derramado pela Chevron

A operação realizada, nesta segunda-feira, pela Polícia Federal para esclarecer a destinação do óleo derramado pela Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos, acabou com uma prisão e um indicativo de possível contaminação do lençol freático de Duque de Caxias, pelo petróleo recolhido no mar. A pessoa detida trabalha para a empresa Contecom, que teria sido subcontratada pela Brasco, contratada da pela petroleira americana , para armazenar e tratar dos resíduos provenientes do vazamento. Segundo o delegado da Polícia Federal, Fábio Scliar, a Contecom teria cometido irregularidade no armazenamento e no tratamento do óleo, que poderia ter infiltrado na rede fluvial da região onde fica sediada, em Duque de Caxias. A inspeção do galpão foi feita em conjunto com o Inea, órgão ambiental do estado do Rio.

A Secretaria de Estado de Ambiente (SEA) e o Inea esclareceram que não viram irregularidades na Contecom. A secretaria informou, em nota, que as licenças da empresa, a informação sobre a quantidade de resíduo transportada e a operação de separação do óleo não mostravam irregularidade A SEA esclareceu que também não houve novos vazamentos na operação de transporte ou armazenamento deste óleo recolhido do mar.

"O nosso pessoal, em princípio, não encontrou nenhuma irregularidade", afirmou Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente.

Ainda segundo Minc, todo o óleo que havia sido recolhido mar pela Chevron teria sido enviado para a empresa Brasco, localizada na Ilha da Conceição, em Niterói, mas de acordo com o secretário, o delegado Scliar acredita que parte do óleo foi levado diretamente para Duque de Caxias, ou teria sido levado de Niterói para a empresa.

"O Inea viu apenas a documentação, mas os meus agentes constataram que havia irregularidades e deram voz de prisão ao um funcionário da empresa", afirmou Scliar, que não revelou o nome do empregado preso, afirmando, no entanto, que foram encontradas irregularidades no manejo desse óleo, que estaria vazando para a rede fluvial da região.

A Contecom fica no bairro da Figueira, em Duque de Caxias, e do lado de fora do galpão, há um forte cheiro de óleo. Os moradores da região disseram não ter visto nenhum movimento anormal nos últimos dias, mas alegaram que a empresa sempre exalou mau cheiro no local. Eles já chegaram a queimar pneus em frente à sede da empresa em protesto contra o mau cheiro, mas nada foi feito.

"Minha filha pequena já foi várias vezes ao médico, com problemas de respiração por causa dessa poluição", afirmou Claudiene Gato, morador do local há mais de 18 anos.

MPF abre mais três inquéritos sobre o acidente

O Ministério Público Federal (MPF) em Macaé instaurou três novos inquéritos civis públicos para investigar o vazamento de óleo da Chevron. O primeiro inquérito vai apurar os possíveis impactos do acidente sobre a atividade pesqueira e a economia dos municípios de Macaé, Casimiro de Abreu, Carapebus e Rio das Ostras. Outro inquérito vai apurar a omissão do Ibama em elaborar os planos regionais e nacional de contingência, previstos há mais de dez anos, conforme previsto pela lei 9966/2000. Para o MPF, a inexistência dos planos traz prejuízos às ações de contenção e redução dos danos em caso de acidentes ambientais.

Há ainda um terceiro inquérito instaurado para analisar a precariedade dos procedimentos de fiscalização da ANP e do Ibama, uma vez que os dois órgãos se baseiam principalmente em dados fornecidos pelas próprias petroleiras em suas fiscalizações. O procurador da República Flávio de Carvalho Reis pediu expedição de ofício à Marinha, à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e ao Ibama, requisitando cópia de todos os relatórios técnicos relacionados ao acidente ambiental e esclarecimentos quanto aos efeitos do vazamento na pesca da região.

"Incidentes como esse dão impulso a discussões sobre os riscos da atividade de exploração de petróleo. É importante que os órgãos competentes efetivamente fiscalizem se as empresas operam dentro dos níveis de risco tolerados pelas licenças e normas ambientais", disse o procurador Reis.

O Ministério Público Federal já investiga as causas e a eventual responsabilidade pelo vazamento de óleo em inquérito instaurado pela Procuradoria da República em Campos. O presidente da Chevron no Brasil, George Buck, foi intimado a prestar esclarecimentos sobre o acidente no dia 7 de dezembro.

Da Agência O Globo

Força de Pacificação no Complexo do Alemão completa 1 ano


“Tenho muito orgulho em saber que pela ação dos nossos soldados a população daqui teve um ano de vida muito melhor. Um ano de vida que ela não esperava ter tão cedo”. Foi dessa forma otimista que o comandante do Comando Militar do Leste (CML), general Adriano Pereira Junior, classificou nesta segunda-feira (28) a atuação do Exército na Força de Pacificação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. A emblemática ocupação completa 1 ano hoje.

Em novembro do ano passado, as tropas invadiram os complexos de favelas após uma série de ataques ocorridos na capital fluminense. Carros foram incendiados, tiros foram disparados contra viaturas e estabelecimentos comerciais tiveram que ser fechados. As ordens partiram do interior dos complexos do Alemão e da Penha e seriam represálias à implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e à transferência de 18 líderes de facções criminosas – entre eles Marcinho VP e Elias Maluco – para presídios federais fora do Rio.
Um ano depois da ocupação da Força de Pacificação, os índices criminais divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) são positivos. Dados da 22ª DP (Penha), que cobre 90% do território do conjunto de favelas, mostram que os roubos de veículos tiveram uma redução de 49,1%. Os autos de resistência (morte cometida por policial em confronto) e roubos de rua tiveram queda de 50% e 42%, respectivamente. O total de homicídios também diminuiu, embora mais timidamente: 14%.
“A operação no Alemão não pode ser comparada com outras para implantação de UPP. Aqui se fez uma ação tópica para anular aqueles comandos que saíam daqui para incendiar veículos. Montou-se uma operação de quase dois mil homens em duas horas. Se pensarmos nisso, o resultado foi altamente positivo”, avaliou o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, antes de um almoço ocorrido nesta segunda-feira para comemorar o aniversário de 1 ano da ocupação.
Foto: Agência O Globo
Militares da Força de Pacificação do Exército nas ruas do Complexo do Alemão
Eventuais incidentes
Mesmo com os avanços, alguns problemas eventualmente ainda acontecem. Na última quinta-feira (24), um soldado ficou ferido após ter sido atingido de raspão por um disparo durante uma troca de tiros na localidade conhecida como Pedra do Sapo. Em setembro, três pessoas foram detidas e uma ficou ferida após uma confusão em um bar entre moradores e militares. Dois dias depois, tiros disparados dos morros da Baiana e do Adeus, localizados em frente ao Complexo do Alemão, assustaram moradores e deixaram morta uma jovem de 15 anos.
“Em um ano tivemos quantos incidentes considerando o tamanho da área em que estamos? A quantidade é irrelevante”, minimizou o general Adriano Pereira Junior. “Existem pessoas que são dependentes de drogas e para elas não há interesse que o nosso trabalho dê certo. Também há aqueles que são ligados financeiramente ao tráfico. E tem ainda aqueles simpatizantes com o crime. Questionam o fato de agora não ter mais festas. Esses três tipos de pessoas são as que têm proporcionado conflitos. Não tenho histórico de moradores trabalhadores, pais de família, envolvidos em problemas com a nossa tropa”, explicou.
Para o secretário estadual de Segurança, os avanços devem ser exaltados, mas o trabalho ainda está longe do fim. “Dizer que nenhum incidente irá acontecer no Alemão é impossível. Quando olhamos um ano atrás, vemos que a situação atual está muito melhor. Caminhamos muito. Mas ao olharmos para frente percebemos que ainda temos muita coisa para fazer”, avaliou Betralme.

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
Balas traçantes assustaram moradores do Complexo do Alemão durante confronto ocorrido em setembro
Futuro
A ocupação das tropas do Exército nos complexos do Alemão e da Penha, no entanto, já tem um prazo para terminar. Os 1.600 soldados presentes começarão a deixar aos poucos as comunidades a partir de março do ano que vem, quando a Secretaria Estadual de Segurança começará a implantar gradativamente oito UPPs na região. Mais de 2 mil policiais estão sendo preparados pela Academia de Formação de Praças da Polícia Militar para trabalhar nas unidades.


No primeiro mês, 500 policiais vão ser destacados. Outros 500 ocuparão a UPP em abril, mais 500 em maio e 700 junho, totalizando 2.200 agentes. Os militares da Força de Pacificação vão permanecer nos complexos de favelas até esse cronograma ser concluído.
“O programa já está delineado. A UPP tem um conceito e ele será aplicado aqui. Vamos ocupar duas áreas a cada mês, completando todos os complexos em junho”, informou Beltrame. “A UPP significa a derrocada de impérios impostos por armas automáticas. No Rio tem tráfico de drogas, como em qualquer lugar do mundo, mas aqui as pessoas passam a dominar o território. Isto não pode acontecer”.

Corregedoria da Câmara vai investigar se Lupi foi funcionário fantasma da Casa


A Corregedoria da Câmara dos Deputados analisará o período em que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, integrou os quadros da casa, lotado na liderança do PDT, entre dezembro de 2000 e junho de 2006, afirmou nesta segunda-feira o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
De acordo com reportagem publicada no último sábado  pela "Folha de S.Paulo", Lupi estava na folha de pagamento, mas não comparecia ao local de trabalho, em Brasília. De acordo com o jornal, ele se concentrava em atividades partidárias no Rio de Janeiro. A assessoria do ministério informou que o ministro não vai se pronunciar sobre a denúncia.
"Fiz um pedido ao corregedor da Câmara para que analise a situação do ministro Lupi, ex-funcionário da Câmara dos Deputados. E à luz do que era a legislação da época, nós vamos fazer uma análise para ver se cabe ou não algum tipo de sindicância ou investigação mais aprofundada sobre a situação, que leve a algum tipo de punição por parte da Câmara dos Deputados", disse Maia, que participou nesta segunda (29), em São Paulo, de um almoço-debate com empresários.
De acordo com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), é "natural" que assessores de deputados não compareçam ao Congresso para trabalhar. "A maioria dos assessores dos parlamentares trabalha nos estados desses deputados. Os escritórios dos deputados são nos estados. Toda denúncia tem que ser investigada, mas não acho que seja real", disse.

Fitch revisa perspectiva da nota dos EUA para negativa



Reuters Brasil
NOVA YORK (Reuters) - A Fitch deu até 2013 para os Estados Unidos apresentarem um "plano credível" para enfrentar seu déficit orçamentário antes de a agência de classificação de risco rebaixar a cobiçada nota "AAA" do país.
A agência revisou nesta segunda-feira a perspectiva para a nota dos Estados Unidos de estável para negativa, após um comitê do Congresso fracassar na semana passada em chegar a um acordo sobre pelo menos 1,2 trilhão de dólares em medidas para redução do déficit.
"A perspectiva negativa reflete a confiança menor da Fitch de que as medidas fiscais necessárias para colocar as finanças públicas dos Estados Unidos em um rumo sustentável e garantir o rating AAA estejam a caminho", afirmou em nota.
O chamado "supercomitê" composto por seis parlamentares democratas e seis republicanos anunciou na semana passada que não chegou a um acordo sobre a redução do déficit, colocando em marcha cortes automáticos que devem resultar na redução do déficit em 1,2 trilhão de dólares durante 10 anos.
A rival Standard & Poor's reduziu a nota de crédito dos EUA para "AA+" em uma decisão sem precedentes em 5 de agosto, citando preocupações com o déficit orçamentário do governo e o endividamento crescente. A agência mantém uma perspectiva negativa para o crédito.
A Moody's atribuiu perspectiva negativa à nota de crédito dos EUA em 2 de agosto, mas reafirmou a nota máxima "Aaa" do país.
A S&P e a Moody's afirmaram em 21 de novembro que o fracasso do comitê não teria um impacto imediato na classificação de suas notas.
No entanto, no dia 23 de novembro, a Moody's advertiu os EUA de que a nota do país poderia estar em risco se os parlamentares recuassem dos cortes automáticos de 1,2 trilhão de dólares previstos para começar em 2013.

Canadá diz que Protocolo de Kyoto é "coisa do passado"


O governo canadense afirmou nesta segunda-feira (28) que o Protocolo de Kyoto é "coisa do passado", mas não confirmou nem desmentiu versões na imprensa de que antes do fim de ano anunciaria sua retirada formal do acordo para reduzir a mudança climática.
O ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent, apesar de não comentar estas versões, confirmou que o Canadá não assinará a extensão dos objetivos estabelecidos em Kyoto durante a Cúpula da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP17), realizada até o dia 9 de dezembro na cidade sul-africana de Durban.

"Não vamos realizar um segundo compromisso com Kyoto", disse Kent durante entrevista coletiva. Quando perguntado se o Canadá sairá do Protocolo, Kent disse que vai a Durban com o objetivo de conseguir "um mandato para negociar um novo acordo vinculativo que eventualmente inclua todos os principais emissores do mundo".
"Nosso governo pensa que o compromisso do anterior governo (canadense) com o Protocolo de Kyoto foi um dos maiores erros já feitos. O compromisso de nosso governo é com Copenhague e com um plano realista de redução de gases com efeito estufa alinhados com nosso vizinho (Estados Unidos)", acrescentou Kent.

O Protocolo de Kyoto estipulava que para 2012 o Canadá iria reduzir 6% de suas emissões com relação a 1990, mas em 2009 as emissões canadenses tinham aumentado 34% acima das de 1990.
Grande parte do aumento das emissões é fruto da exploração das areias betuminosas na província de Alberta, considerada a maior reserva de petróleo do mundo junto com as da Arábia Saudita.
As raízes do governante Partido Conservador do primeiro-ministro Stephen Harper se encontram em Alberta, que na última década se transformou em um dos centros econômicos e petroleiros do mundo graças a bilhões de petrodólares.
O Canadá está mergulhado em uma campanha de relações públicas para classificar o petróleo das areias betuminosas como "petróleo ético" em contraposição ao procedente de países árabes e para aplacar as críticas dos grupos ambientais.
Nesta segunda-feira, a imprensa britânica revelou que o governo do primeiro-ministro David Cameron está dando "apoio secreto" às jazidas de Alberta para evitar que sejam penalizados pela União Europeia por sua elevada taxa de poluição.
As companhias britânicas Shell e BP são duas das principais empresas envolvidas na exploração das areias betuminosas de Alberta.

sábado, 26 de novembro de 2011

Dois dias antes de eleições no Egito, manifestante morre em confronto


AFP

CAIRO, Egito — Um manifestante que pedia o fim do governo militar no Egito morreu neste sábado em confrontos com a polícia, a apenas 48 horas das primeiras eleições desde a queda de Hosni Mubarak, o que aumentou os temores de um aumento da violência durante a votação.
O homem de 19 anos morreu na manhã deste sábado quando a polícia antimotins atacou com bombas de gás lacrimogêneo os manifestantes que acamparam durante toda a noite diante da sede do governo para protestar contra a nomeação de um novo primeiro-ministro designado pelo exército.
Segundo as testemunhas, o jovem foi atropelado por um veículo das forças de segurança. A vítima "faleceu devido a uma hemorragia provocada por múltiplas fraturas na pelve, provavelmente ocasionadas por um contato com um veículo pesado", afirmou uma fonte médica à AFP.
Trata-se da primeira vítima após dois dias de tranquilidade na capital e em outras cidades do país, onde violentos confrontos deixaram 41 mortos em cinco dias, sobretudo perto da emblemática praça Tahrir, no centro do Cairo.
Esta praça segue ocupada por milhares de manifestantes que pedem a saída do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), acusado de querer seguir controlando os assuntos do país e de perpetuar a política de repressão do presidente Hosni Mubarak, derrubado por uma revolta popular em fevereiro depois de 30 anos no poder.
A morte de um manifestante neste sábado ocorre quando faltam apenas 48 horas para as primeiras eleições depois da queda de Mubarak, que também surgiu das forças armadas.
Na sexta-feira, o CSFA nomeou Kamal al-Ganzuri, de 78 anos, para o cargo de primeiro-ministro, substitutindo Essam Sharaf, que renunciou diante da pressão popular. Mas os manifestantes reunidos na praça Tahrir se opuseram imediatamente à designação deste ex-chefe de governo de Mubarak.
Ganzuri manifestou a esperança de formar seu governo "antes do fim da próxima semana" e fez um chamado a entregar pastas ministeriais a jovens. No entanto, os jovens antimilitares responderam anunciando sua própria lista de nomes para um governo "de salvação nacional".
Em primeiro lugar, propuseram Mohammed ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), para dirigir o governo. ElBaradei, candidato potencial às eleições presidenciais, foi aclamado na sexta-feira pela multidão na praça.
No centro desta praça, a "aldeia de barracas" aumentou desde o sábado passado. A multidão se reúne diariamente para gritar "Abaixo Tantawi!", referindo-se ao marechal Hussein Tantawi, chefe do CSFA e presidente de fato.
No entanto, as ruas estão cada vez mais divididas. Diferentemente dos manifestantes da praça Tahrir, outros egípcios pedem um retorno à estabilidade e à reativação da economia, estancada desde a revolta do início deste ano.
"Eu digo aos jovens da Tahrir 'obrigado, já basta'", afirmou Khaled Bshir, de 37 anos, durante uma grande contramanifestação realizada na sexta-feira para apoiar o exército no poder, na Praça Abasiya, a poucos quilômetros da Tahrir.
"Esta guerra das praças" levanta o temor, segundo a imprensa, de uma divisão do país entre pró e antimilitares.
"O perigo da divisão" era a manchete do jornal governamental Al Ahram, enquanto o Al Masri Al Yom escrevia "Egito desgarrado".
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, pediu neste sábado o fim da violência no Egito.
"A violência deve cessar e o Estado de Direito deve ser mantido", afirmou Ashton em um comunicado.
Mais de 100 mil egípcios que vivem no exterior, privados do direito de voto durante o regime de Mubarak, já votaram no âmbito das legislativas realizadas em três turnos durante as quais 40 milhões de eleitores são convocados a votar, anunciou o governo.
Eles devem eleger 498 membros da Assembleia Popular (câmara de deputados), enquanto outros 10 serão nomeados pelo marechal Tantawi.
A Irmandade Muçulmana, a força política mais bem organizada do país, que boicotou as manifestações na praça Tahrir, aparece em posição de força nestas eleições.




Bélgica fecha acordo orçamentário sob ameaça da crise

Os partidos políticos francófonos e flamengos belgas chegaram a um acordo sobre o orçamento de 2012 neste sábado, encerrando 19 meses de impasse, o qual impediu a formação de um governo e provocou o rebaixamento na classificação do crédito do país ontem. "Há um acordo", disse um porta-voz dos socialistas de língua francesa, um dos seis partidos do país dividido linguisticamente.

O acordo foi fechado após 17 horas de negociações e abre caminho para a formação de um governo, seguindo-se ao recorde de 19 meses de vácuo de poder, após as eleições de junho de 2010. No acordo, os partidos concordaram em promover cortes nos gastos e aumentar impostos, para reduzir o déficit do país em 11,3 bilhões de euros em 2012 e cerca de 20 bilhões de euros até 2015.

Ontem, a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's cortou o rating da Bélgica em um nível para AA, aumentando a pressão sobre os partidos para reconciliarem cortes de gastos e aumento de impostos e evitarem serem penalizados pela União Europeia nos próximo mês.

Com a dívida nacional em nível correspondente a quase um ano de produção econômica ameaçando colocar o país em recessão, o primeiro-ministro interino, Yves Leterme, deixou claro que temia a reação dos mercados na segunda-feira se nenhum acordo orçamentário fosse estabelecido.

A advertência segue-se à desistência dias antes pelo potencial sucessor de Leterme, Elio Di Rupo, líder socialista francófono, de conduzir as negociações pela formação de um novo governo, por solicitação do rei Albert II. O rei rejeitou o pedido de renúncia de Di Rupo.

O rebaixamento da nota de crédito do país acirrou a crise interna e ameaçou colocar o país na mira do mercado, que tem penalizado países economicamente e politicamente frágeis, em meio a turbulência econômica que atinge a Europa. As informações são da Dow Jones.

Telefone de Strauss-Kahn pode ter sido grampeado

AFP

PARIS — O ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acredita que seu smartphone, que desapareceu pouco antes de ele ter sido detido por agressão sexual em Nova York, foi grampeado, afirmaram fontes próximas a ele neste sábado.
Segundo essas mesmas fontes, Strauss-Kahn teria dito a sua mulher, Anne Sinclair, que "algo sério" aconteceu quando ele estava a caminho do aeroporto para retornar à França.
Strauss-Kahn, que foi tirado do avião após a denúncia de agressão sexual feita por uma camareira do hotel onde ele estava hospedado, estaria se referindo à perda do telefone e à suspeita de que ele havia sido grampeado, disseram as fontes.
O telefone em questão, que desapareceu no Sofitel de Manhattan, jamais foi encontrado pela polícia ou por detetives particulares contratados pela defesa de Strauss-Kahn, conforme constatou a investigação do jornalista Edward Jay Epstein.
Um dos advogados de Strauss-Kahn disse na sexta-feira que não descarta que seu cliente tenha sido vítima de um "complô para destruí-lo politicamente" quando foi detido por suposta tentativa de estupro de uma camareira de hotel em Nova York.

Vettel faz a pole em Interlagos e bate recorde de Mansell


Reuters Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, conquistou neste sábado o recorde de 15 pole positions numa temporada, superando as 14 de Nigel Mansell em 1992, e largará na frente no Grande Prêmio do Brasil em Interlagos.
Vettel, que já garantiu seu bicampeonato mundial da Fórmula 1 em 2011, fez o melhor tempo da etapa classificatória, 1min119s18, superando seu companheiro de equipe, o australiano Mark Webber (1min12s099), num treino que teve ameaça de chuva mas que ocorreu até o final em pista seca.
"É muito especial para mim, diferente das outras poles," disse o alemão em entrevista coletiva.
Com a primeira colocação de Vettel, a Red Bull amplia seu recorde de equipe com mais poles em uma única temporada para 18.
Em terceiro lugar ficou o piloto da McLaren Jenson Button, que disputa o vice-campeonato da temporada. Ele fez o tempo de 1min12s283, sendo mais rápido que seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, que largará em quarto.
Fernando Alonso, da Ferrari, fez o quinto melhor tempo, à frente de Nico Rosberg, da Mercedes.
Entre os brasileiros o destaque foi Bruno Senna, que colocou seu Renault na 9a posição, à frente de Michael Schumacher, da Mercedes. Senna, que ainda não tem lugar garantido na F1 em 2012, desbancou o companheiro de equipe, o russo Vitaly Petrov, que foi o 15o.
Felipe Massa, da Ferrari, largará em sétimo na prova de domingo, uma posição à frente de Adrian Sutil, da Force India.
Rubens Barrichello, da Williams, ficou em 12o lugar, com o tempo de 1min13s801. Aos 39 anos, o brasileiro pode perder a vaga na equipe inglesa e negocia sua permanência no grid para o ano que vem.
O companheiro de Barrichello na Williams, o venezuelano Pastor Maldonado, não passou para a segunda etapa do treino e ficou na 18a colocação.
No treino livre da manhã, disputado sob forte sol, Vettel também fez a melhor volta, em 1min12s460, mais de meio segundo abaixo do melhor tempo agregado nas duas sessões de sexta-feira.

Cepa rara do vírus HIV pode estar proliferando, diz estudo


Médicos franceses disseram que uma cepa rara do vírus da Aids, que estava presente em um número reduzido de cidadãos de Camarões, parece existir em outros países da África.
As conclusões se baseiam no caso de um homem de 57 anos que vive na França e, internado desde janeiro, é portador do vírus do grupo N.
Ao traçar o histórico sexual do paciente, os médicos concluíram que ele provavelmente se infectou durante uma viagem a Togo. Isso sugere que o vírus do grupo N já não está limitado às fronteiras de Camarões.
Dois são os tipos de vírus da Aids: o majoritário HIV-1 e o HIV-2, pouco frequente.
O HIV-1 se divide no subtipo M, que provocou a pandemia mundial, dois outros muito raros, O e N, e um quarto, designado como P.
O subtipo N foi identificado, pela primeira vez, em uma mulher, em 1998, também em Camarões.
As ocorrências o subtipo N são bem incomuns no país. Das mais de 12 mil portadores de HIV que já se submeteram a exames, apenas 12 eram N.
Os detalhes do estudo feito pelo professor François Simon, do hospital parisiense Saint-Louis, e pelo Centro Nacional de Referência do HIV em Rouen (oeste da França) constam em um artigo publicado na revista médica "The Lancet", na edição desta sexta-feira.

Reunião de segunda pode acabar com paralisação em Belo Monte

Está marcada para a próxima segunda-feira uma reunião entre trabalhadores e representantes do consórcio construtor da Usina de Belo Monte pode por fim à paralisação dos trabalhos no principal canteiro de obras, no Pará. Desde sexta-feira, após manifestação que reuniu cerca de 40 dos 1,8 mil trabalhadores, as obras estão paradas no sítio Belo Monte, o principal dos quatro canteiros de obra da usina. Alegando questões de segurança, a empresa decidiu suspender os trabalhos na área até o resultado da reunião.De acordo com consórcio, as obras seguem normalmente nos canteiros de Pimental, Canais e Diques e no Travessão 27. Ainda segundo a empresa responsável pelas obras da usina, antes mesmo da manifestação já estava em curso as negociações para definição da data base dos trabalhadores com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e Afins do Pará (Sintrapav-PA) e que o prazo ainda não está encerrado.Os dias parados, segundo o consórcio, não causarão atraso nas obras, porque o cronograma está adiantado. Procurado pela Agência Brasil, o Sintrapav-PA, em Altamira, informou inicialmente que a paralisação havia sido suspensa. Contudo, em seguida disse que não se manifestaria sobre o assunto.

Governo não vai conter alta do dólar, diz Guido Mantega


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo não tomará medidas para conter a valorização do dólar.
Segundo ele, a recente alta da moeda americana foi provocada pelo agravamento da crise internacional e "o sistema de câmbio flutuante está dando a resposta adequada para essa situação".
Satisfeito com a alta do dólar nos últimos dias, Mantega disse que isso dá mais competitividade ao setor industrial, ao encarecer as importações: "Hoje há uma desvalorização do real. Era o que nós queríamos".
O governo tomou várias medidas ao longo do ano para reverter a queda do dólar, como encarecimento de operações no mercado futuro de câmbio que estavam influenciando a valorização do real.
Mantega disse que a crise externa vai continuar se agravando, mas ressaltou que é exatamente isso que deve levar os governos europeus a chegarem a uma solução.
Segundo ele, a Alemanha não autoriza que o Banco Central Europeu compre títulos públicos de países em dificuldades financeiras, como Itália e Espanha, porque quer obrigar esses países a cortar gastos e ajustar suas contas.
"O agravamento da crise é uma certeza, mas é uma saída. Eles não vão deixar a coisa degringolar, porque, se deixarem, teremos uma crise pior que a do Lehman Brothers [banco americano cuja quebra detonou a crise de 2008]", observou.
Após reunião com o setor têxtil, um dos que mais vem sofrendo com a concorrência de importados, Mantega disse que novas medidas de estímulo ao setor serão anunciadas ainda neste ano.

Petrobras: vazamento de gás é 'mínimo'; não há risco de explosão



A Petrobras afirmou, em nota divulgada neste sábado, que o vazamento de gás detectado na plataforma P-40, na Bacia de Campos (RJ), é "de quantidade mínima" e que não há risco de explosão ou aos trabalhadores da unidade.

De acordo com a Petrobras, o vazamento, que ocorre em local isolado da plataforma, está sendo monitorado por sensores. "Logo que o vazamento foi identificado foi feita análise de risco, cujas conclusões foram discutidas e aceitas pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Técnicos da empresa estão providenciando o reparo, no local", diz a nota.

O vazamento foi divulgado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) no site da entidade. A nota, publicada na noite de sexta-feira, diz que o problema foi detectado durante a madrugada em um local que está em reparo provisório desde 2010.

"Os trabalhadores defendem a parada da produção da plataforma. Para o sindicato, esta providência deveria ter sido tomada imediatamente após a identificação do vazamento, seguindo o preceito da segurança segundo o qual, 'na dúvida, pare'", diz a nota.

Oposição reage às novas denúncias contra Carlos Lupi



A oposição reagiu às novas denúncias contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, neste sábado. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Lupi teria sido funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por seis anos. A edição desta semana da revista Vejatraz entrevista de um sindicalista que acusa o ministro de tentativa de extorsão. Segundo a reportagem, o Planalto foi informado por meio de carta e confirmou à revista o recebimento do documento, sem tomar providências.

"É crime de responsabilidade. Isso incita a cumplicidade que tem mantido o ministro no cargo e compromete a presidente Dilma Rousseff", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias. O parlamentar disse que o partido já fez três denúncias diferentes contra o ministro Lupi no Ministério Público Federal e não presente pedir a abertura de um novo inquérito. "O que se pode fazer é pedir o apensamento (anexar em processo já existente) dessa nova denúncia", explicou.

Nova denúncia do jornal Folha de S.Paulo contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, aponta que ele foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. O ministro foi lotado na liderança do PDT de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas no período exercia atividades partidárias como vice-presidente da sigla. Funcionários do partido em Brasília confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias.

Parlamentares afirmaram que nunca tinham ouvido falar que o ministro havia sido contratado pela Câmara nesse período. Lupi ocupava um Cargo de Natureza Especial (CNE) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla, que corresponde a R$ 12 mil por mês. As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes.

Alvo recente de denúncias, Lupi não faz referência a esse trabalho em sua biografia no site oficial do ministério. Questionado, o ministro disse que de 1995 a 2000 exerceu "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a passagem pela liderança do partido de 2000 a 2006. Em 2002, segundo registros da Câmara, ele era assessor e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação. Lupi negou e disse que cumpriu a lei.

Viatura policial atropela e mata manifestante no Egito


Manifestantes que exigem o fim do governo militar no Egito entraram em confronto brevemente neste sábado com a polícia, perto do Congresso egípcio, em mais um acontecimento que levanta dúvidas sobre a eleição parlamentar considerada a primeira votação livre do país em décadas.
Foto: AP
Soldados egípcios montam guarda em rua entre a Praça Tahrir e o Ministério do Interior no Cairo, onde manifestante foi morto neste sábado
Os manifestantes disseram que um homem, Ahmed Sayed, de 21 anos, morreu após ter sido atingido por um veículo de segurança. Sua morte foi a primeira desde que uma trégua entre a polícia e os manifestantes provocou, na quinta-feira, a diminuição da violência que deixou 41 mortos no Cairo e em outras cidades.
O Ministério do Interior egípcio afirmou que uma viatura atingiu o manifestante por acidente, que também deixou uma pessoa ferida. A polícia pediu desculpas pela morte do manifestante. Centenas acamparam durante a madrugada na Praça Tahrir antes das eleições, que devem começar na segunda-feira no Cairo, em Alexandria e em outras regiões.
Os confrontos ocorreram depois que um grupo de manifestantes marchou até o Parlamento em protesto contra a indicação de Kamal Ganzouri, um ex-premiê de Hosni Mubarak, como novo primeiro-ministro.
"Abaixo, abaixo com o marechal", gritava um grupo na praça, perto das barracas que foram armadas em um gramado. Eles se referem a Mohamed Hussein Tantawi, que chefia o conselho governamental do Exército e que foi ministro da Defesa de Mubarak por 20 anos.
O conselho militar afirmou na sexta-feira que cada etapa de votação será realizada por dois dias, em vez de um, para dar a todos a chance de votar. A eleição começa na segunda-feira, mas não acabará até o início de janeiro, por causa dos vários estágios de votação.
Manifestantes da Praça Tahrir classificam Ganzouri, premiê entre 1996 e 1999, como outro rosto do passado e cuja indicação reflete a resistência dos generais à mudança.
"Por que estão escolhendo Ganzouri agora? Isso mostra que o Exército não quer deixar o poder e, por isso, está reciclando um ex-aliado. Se esse governo não terá qualquer poder, por que pegar alguém que é leal a ele?", afirmou o manifestante Mohamed El Meligy, de 20 anos.
Dezenas de milhares se juntaram na sexta-feira para exigir que o conselho militar deixe o poder agora, para acelerar a transição à democracia. Preocupados com a violência, os EUA e a União Europeia pediram uma rápida transição para um governo civil em um país cujos longos problemas políticos aumentaram as deficiências econômicas.
Os generais estão resistindo aos pedidos de saída. Em vez disso, eles prometeram que um novo presidente será eleito em meados de 2012, mais rápido do que previamente anunciado. Na sexta-feira, o conselho militar nomeou Ganzouri para chefiar um "governo de salvação nacional".
Ganzouri descreveu sua tarefa como ingrata e "extremamente difícil", dizendo que sua prioridade é levar segurança às ruas e ajudar na retomada da economia. O peso egípcio chegou ao seu valor mais baixo em sete anos, e as reservas internacionais caíram um terço desde dezembro de 2010.
Divisão
Enquanto dezenas de milhares se agrupavam na Praça Tahrir, pelo menos 5 mil mostraram apoio ao Exército em outra praça do Cairo, realçando a divisão entre jovens que pedem reformas radicais e egípcios mais cautelosos, que querem a restauração da normalidade no país.
A indicação de Ganzouri reforçou essa divisão. "Ele é um homem muito bom, ele fez muitas boas coisas. Se ele tivesse continuado em seu papel (em 1999), a situação seria muito melhor", afirmou Osama Amara, de 22 anos, um funcionário de restaurante.